Quando o crime não compensa
Infelizmente, os brasileiros se acostumaram a acompanhar com uma frequência intrigante e revoltante denúncias sobre a tal "rachadinha", uma prática criminosa que impera tanto em gabinetes de políticos graúdos lá em Brasília, quanto de políticos miúdos em pequenas cidades interioranas, a ponto de tornar um ato imoral em algo normal e aceitável para boa parte não só da classe política, mas também do eleitorado.
Mas, considerando que "a fé move montanhas", sempre há uma "luz no fim do túnel" também para esse tipo de problema. Nesse caso, a tal luz vem de Cianorte, cidade do Noroeste do Paraná com pouco mais de 82 mil habitantes e 56 mil eleitores.
Um vereador local, por ironia do destino conhecido como "Dadá", foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão e um assessor seu a 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado justamente pela prática dessa excrescência.
Os dois negaram até onde puderam, mas foram traídos por provas irrefutáveis produzidas por eles próprios em imagens de câmeras de segurança, anotações e mensagens de Whatsapp.
Providências judiciais desse tipo são tão bem-vindas que deveriam se tornar "moda" nos gabinetes do Brasil inteiro para dar a entender a todos que o crime não compensa. (Imagem: Politize.com.br)