Reunido em convenção neste domingo, o PPL confirmou João Goulart Filho para a disputa pela Presidência da República, elevando para 14 os candidatos homologados à sucessão de Michel Temer. Confira a seguir quem são eles:

Alvaro Dias (Podemos)

O senador Alvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos em convenção realizada ontem, em Curitiba. Em seu discurso, ele anunciou que, se eleito, irá convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de "refundar a República". Seu vice será Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES e que aceitou compor depois de ter sido lançado candidato pelo PSC.
 

Cabo Daciolo (Patriota)

A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo, tendo como vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do País. Em discurso durante a convenção, ele se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.

Ciro Gomes (PDT)

O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República e só hoje anunciou Kátia Abreu como sua vice. Esta é a terceira vez que o ex-governador do Ceará concorre, pois já disputou em 1998 e 2002, à época pelo PPS. Em sua longa carreira política, Ciro acumula duas passagens pelo governo. Foi ministério da Fazenda de Itamar Franco ministro da Integração Nacional de Luiz Inácio Lula da Silva.

Geraldo Alckmin (PSDB)

Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin teve seu nome homologado como candidato ontem, recebendo 288 dos 290 votos na convenção nacional de seu partido - houve um voto contra e uma abstenção. A senadora gaúcha Ana Amélia, do PP, será sua vice. No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o País e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros.

Guilherme Boulos (PSOL)

Coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos foi lançado ainda no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL e terá como vice Sônia Guajajara, representante do povo indígena e integrante do mesmo partido. Boulos diz que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.

Henrique Meirelles (MDB)

O MDB confirmou o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República, tendo o ex-governador gaúcho Germano Rigotto como vice. As prioridades de Meirelles são investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no País, bem como em saúde e segurança pública. Ele também promete investir forte na geração de empregos.

Jair Bolsonaro (PSL)

O deputado federal Jair Bolsonaro vai concorrer pelo PSL tendo como candidato a vice o general Hamilton Mourão, do PRTB, cuja escolha foi anunciada neste domingo. Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o Ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. Prometeu ainda privatizar estatais.

João Amoêdo (Novo)

João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo tendo como candidato a vice o cientista político Christian Lohbauer. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com os privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. Ele também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.

João Goulart Filho (PPL)

Último dentre os 14 candidatos lançados, João Goulart Filho é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve o mandato presidencial interrompido pela intervenção militar de 1964. É a primeira vez que concorre ao cargo e tem como vice o professor Léo Alves. Gulart Filho defende a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional.

José Maria Eymael (DC)

Já conhecido dos eleitores brasileiros, pois não é estreante na disputa, José Maria Eymael foi lançado pelo partido Democracia Cristã tendo como vice o pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa. Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. Só que o ex-presidente está preso em Curitiba desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. Em carta aos convencionais, Lula afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas".

Manuela D'Ávila (PCdoB)

A deputada Manuela D'Ávila foi confirmada pelo PCdoB, tendo como vice o sindicalista Adilson Araújo. Ela tem bandeiras como a reforma da segurança pública, a justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação da reforma trabalhista e da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos por 20 anos. Também critica o "desemprego recorde", a queda da massa salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.

Marina Silva (Rede)

Outra figura conhecida na disputa presidencial, a ex-ministra Marina Silva foi lançada candidata pela Rede tendo como vice o médico sanitarista Eduardo Jorge, do PV. Ela promete uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias, e, se eleita, fazer as reformas previdenciária, tributária e política para, dentre outras coisas, acabar com a reeleição.

Vera Lúcia (PSTU)

Oficializada candidata ainda no último dia 20 pelo PSTU, Vera Lúcia terá Hertz Dias como vice. O plano de governo de seu partido prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora. O PSTU decidiu que não se coli9gar com nenhum outro partido tanto para a disputa presidencial quanto para as eleições estaduais.