Programa paranaense será levado para outros estados
Um programa desenvolvido pela Ceasa do Paraná, que tem na presidência o cascavelense Eder Bublitz, será estendido para outros estados brasileiros pelo Governo Federal. Trata-se do Banco de Alimentos Comida Boa, cuja expansão está agora garantida por protocolo entre Estado e União.
O acordo foi assinado pelo governador em exercício Darci Piana, pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, por Eder Bublitz e pelo ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.
O Banco de Alimentos Comida Boa funciona por meio de parceria com produtores e permissionários da Ceasa, que doam alimentos não comercializados, mas que estão em boa condição de consumo. Parte dos alimentos é processada e vira sopas, sucos e caldos, o que alonga a validade de consumo destes produtos, que então são distribuídos para entidades assistenciais. O trabalho de processamento destes alimentos é feito por pessoas privadas de liberdade em um projeto de ressocialização.
"Foi um aprendizado o que eu vi aqui hoje. Além de reduzir o desperdício e disponibilizar alimento bom e saudável para quem precisa, eu também encontrei um programa que tem o aspecto social como prioridade, com pessoas que estão cumprindo penas, mas que trabalham, dão renda para família e reduzem penas, o que também contribui para evitar a reincidência", disse Wellington Dias.
IMPACTO
O programa do Governo do Estado beneficia cerca de 130 mil pessoas por mês, por meio de 301 entidades cadastradas que recebem e distribuem os alimentos a instituições assistenciais, hospitais, orfanatos e escolas. Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa recebe anualmente um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado. Ele funciona nas cinco unidades da Ceasa: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Mas ainda há uma sobra identificada de 35 toneladas/dia de alimentos nas cinco centrais. O objetivo é desperdício zero. Para isso, parte destes alimentos será encaminhada aos criadouros conservacionais do Estado, que recebem animais resgatados e também fazem reprodução de espécies ameaçadas de extinção. E o que sobrar será utilizado em compostagem, para criar substrato a ser utilizado no programa Paraná Mais Verde. (Foto: Gabriel Rosa/AENPR)