Quando a Justiça não é justa
O papel universal precípuo do Poder Judiciário é assegurar que as leis vigentes sejam cumpridas, pois é nelas que estão definidos direitos e deveres para que se tenha uma sociedade equilibrada. Disso, tenho certeza, ninguém discorda.
Mas no Brasil, o país do famigerado "jeitinho", não é exatamente assim que a coisa funciona. E isso não é mera opinião, é fato, a julgar por um levantamento postado pelo portal UOL e que estragou o domingo (23) de todos que, a despeito das muitas decepções, insistem sonhando em viver em uma Pátria verdadeiramente justa.
De acordo com a pesquisa, em abril deste ano 11,9 mil e em maio 12,2 mil juízes, desembargadores, ministros e conselheiros (da ativa e aposentados) ganharam salários maiores do que o fixado para os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que, de acordo com o que diz a lei, é o máximo que um servidor público deveria ganhar.
O chamado teto constitucional está em exatos R$ 41.650,92, mas ganhos extras como diárias, licenças-prêmio, auxílio-moradia, auxílio-saúde, auxílio-natalidade e até auxílio-paletó, dentre outras vantagens, fazem com que ele seja superado no período pesquisado pelos contracheques de nada menos que 85% dos integrantes da magistratura brasileira.
Enquanto isso, o expediente e a produtividade "ó"! (Foto: Reprodução)