O mais recente censo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que 9% da população brasileira são pessoas com deficiência e 16% de indivíduos com mais de 60 anos, incapazes de entrar em determinadas edificações por falta de acessibilidade.

As informações são do arquiteto Eduardo Ronchetti de Castro, uma das sumidades no assunto em âmbito nacional e que estará em Cascavel nos dias 28 e 29 de julho para ministrar o curso sobre acessibilidade na Aeac (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel). O curso é gratuito para associados em dia com a entidade.

Na ótica de Ronchetti, nenhuma edificação pode ser aprovada e ter o alvará de funcionamento sem que ela seja acessível e atenda as normas técnicas de acessibilidade. "É por este motivo que acredito que a deficiência não está na pessoa, mas na barreira física que impede a inclusão dessa pessoa na sociedade em igualdade de oportunidade".
Ele enxerga a acessibilidade como uma missão de vida. "Estarei em Cascavel para ensinar engenheiros, arquitetos e outros profissionais interessados o que uma edificação deve ter para ser acessível e juntos, provocar essa transformação tão importante no cotidiano das pessoas com restrição de mobilidade".

Para Ronchetti, a acessibilidade é um direito de todas as pessoas e uma responsabilidade social. "É também uma responsabilidade técnica do profissional de arquitetura e de engenharia e é função de toda a sociedade, promover igualdade de oportunidade e direito de ir e vir", diz Eduardo Ronchetti de Castro, autor de dois livros de acessibilidade arquitetônica e especialista em acessibilidade.

Ele tem 23 anos de experiência na área e já realizou mais de 700 projetos, mais de 300 laudos e capacitou mais de 4 mil profissionais em acessibilidade por todo o Brasil. Seu objetivo é compartilhar conteúdo prático e útil para ajudar a implantar a acessibilidade em projetos e obras com confiança e segurança, sem medo de errar e sem esquecer nenhum item das normas técnicas.

Eduardo é formado em Arquitetura pela Universidade Mackenzie, especializado em Design de Interiores pelo Instituto Europeu Di Design e em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Foi um membro ativo da Comissão de Acessibilidade de São Bernardo do Campo, atuando como revisor de obras particulares na Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo. (Foto: Divulgação)