Festival de Música de Cascavel abre alas para a inclusão social
A célebre frase "sem a música, a vida seria um erro" resume bem o que sentem os apaixonados por melodias. E quando se trata de música, não há limitações. Com 27 no total, o 33º Festival de Música de Cascavel tem uma em particular que mostra não há barreiras no universo das trilhas sonoras.
A oficina "Música inclusiva para deficientes visuais" é liderada pelo professor Luiz Amorin, que tem baixa visão. Na turma também há cegos e pessoas com visão reduzida. "É o processo de inclusão que acontece através da música e da educação musical. É um espaço onde a gente tem a oportunidade de ficar à vontade, ter nosso comportamento, nosso modo de ser, de agir, de interagir, sem se preocupar se a gente está se adequando ou não. Essa é oportunidade que o festival proporciona ao público com deficiência visual, que tem a chance de vivenciar o aprender musical e a experiência de fazer música na prática", explica.
A coordenadora de Música da Secretaria de Cultura e do Festival, Karoline Schmidt, conta que a oficina é um marco para o Estado. "O Festival de Cascavel foi o primeiro do Paraná a ter uma oficina de música inclusiva, com um professor deficiente trabalhando. Nós fomos pioneiros nesse quesito. Esse é o diferencial de Cascavel", destaca.
O aluno Gabriel Ladeira dos Santos tem baixa visão, o que não o impede em nada em mostrar seu talento. Ele faz parte do Coral Municipal e sempre é atuante nos festivais do Município. "O intuito da oficina é mostrar que a pessoa com deficiência consegue tocar, cantar e ter essa experiência musical", frisa.
E todas as habilidades desenvolvidas pela turma do professor Luiz e das outras oficinas poderá ser conferida de perto na apresentação do Coro e Orquestra do Festival marcado para domingo (16), às 19h30, no Teatro Municipal. A noite será abrilhantada também pela apresentação do Coro e Orquestra da Itaipu o ingresso para esse espetáculo pode ser reservado clicando AQUI. (Foto: Secom/PMC)