Contas de luz de julho terão um desconto de até 15 reais
O saldo positivo nas contas de Itaipu em 2022 vai permitir a redução das contas de luz relativas ao mês de julho no País todo. De acordo com a binacional, estão sendo creditados R$ 405,4 milhões nas faturas de 81 milhões de unidades consumidoras rurais e residenciais, com um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual.
A chamada tarifa "Bônus Itaipu" decorre do saldo positivo na conta de comercialização da energia da binacional. Administrada pela ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A.), a referida conta resulta de todos os créditos e débitos da comercialização de energia da hidrelétrica.
"É um recurso a mais que repassamos às distribuidoras no ano passado. Ao fechar os cálculos, sobraram mais de R$ 405 milhões que serão diluídos para milhões de consumidores e consumidoras do País", explica o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri. "É uma maneira de a Itaipu participar da redução de energia de boa parte da população brasileira", considerou.
O desconto atinge as unidades consumidoras de até 350 KWh mensais, variando conforme o consumo individual mensal, ou seja, quem gastou mais energia ganha um crédito maior. "É uma boa notícia e mostra que Itaipu e o Governo Federal estão trabalhando para levar modicidade tarifaria para o consumidor de energia", acrescentou o diretor financeiro executivo, André Pepitone.
Segundo a Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica da Aneel, o valor da tarifa bônus é de R$ 0,0037456 por KWh. De acordo com a Aneel, o cálculo da "tarifa bônus" e a regra de repasse aos consumidores são fundamentados na Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002; no Decreto nº 11.027, de 27 de dezembro de 2022; e no Submódulo 6.2 dos Procedimentos de Regulação Tarifária.
O Paranaense, no entanto, dificilmente sentirá o efeito desse abatimento já que a tarifa residencial da Copel está 10,9% mais cara desde o dia 24 de junho. Esse reajuste foi autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e, conforme a justificativa, carrega reflexos da crise hídrica do ano passado e da pandemia da Covid-19, além dos custos com a compra e o transporte da energia, encargos, impostos e subsídios definidos por lei.