Humanos ou bestas?
A notícia de que a Polícia Civil do Paraná prendeu na manhã desta segunda-feira (10) o sexto elemento implicado no atentado de 19 junho a um colégio estadual de Cambé, no Paraná, faz reacender um debate que deveria estar sempre presente no nosso dia-a-dia, mas caminhava rapidamente para sair de pauta devido à banalização do crime que tomou conta não só dos noticiários policiais, mas de nossas vidas em geral.
O caso em questão, que culminou com o assassinato de uma garota de 17 anos e de um garoto de 16 que jogavam pingue-pongue no intervalo das aulas matinais, nos remete à figura bíblica usada para retratar o Anticristo, um produto da falta de amor talvez mais presente na humanidade hoje em dia do que no tempo do relato bíblico.
Tem-se muito claro agora que o caso de Cambé foi a execução, na vida real, de um daqueles enredos sanguinários hollywoodianos capazes de chocar mesmo aqueles que sabem de antemão não passar de ficção brotada da mente de cineastas malucos da cabeça aos pés.
Além do jovem de 19 anos preso nesta segunda em Santo André (SP) e cujo papel na trama foi incitar a prática macabra pelas redes sociais, e do próprio executor, encontrado enforcado no dia seguinte em uma cela da Casa de Custódia de Londrina, o caso teve o envolvimento de outros dois garotos, um de 18 anos (de Pernambuco) e outro de 21, e dois homens, um de 35 e outro de 39 anos.
Que Deus livre o Paraná, o Brasil e o mundo dessas Bestas do Apocalipse! (Imagem: Pixabay)