A frase que dá título a este breve comentário é aceitável desde que vinda de alguém com Alzheimer em estágio tão avançado a ponto de esquecer a própria identidade, mas não é assim que acontece no cotidiano. E o que é pior: muitas vezes isso vem de pessoas investidas de notória autoridade, o que é ainda mais reprovável.

Pois, a julgar por denúncia formulada na Delegacia de Polícia, foi exatamente isso que aconteceu na porta do Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo, em Guaíra, no Oeste do Paraná, onde um delegado da PF lotado na cidade pegou um professor pelo colarinho e o ameaçou não só com palavras, mas também apontando uma arma para ele, isso tudo na  frente de várias testemunhas.

E isso tudo, pra piorar ainda mais a situação, porque o educador chamou a atenção do filho da "autoridade constituída" por falas preconceituosas feitas pelo adolescente dentro da sala de aula.

O caso também foi levado à APP-Sindicato, que classificou o episódio como "de estrema gravidade, ainda mais porque foi praticado por um agente público que deveria atuar justamente na garantia da segurança da população".

E o comando da Polícia Civil do Paraná, não vai se manifestar? (Imagem: PGE/MS)