O IBGE sabe que eu existo?
Mais que um comentário, este é um testemunho: eu, a esposa e um filho moramos no número 3664 da Rua 7 de Setembro, a quatro quadras da Avenida Brasil, a uma do esqueleto daquele que por muito tempo foi o tradicionalíssimo Hospital Nossa Senhora da Salete e literalmente em frente a um órgão federal importante: a DPU (Defensoria Pública da União).
Com tais dados, qualquer um pode chegar facilmente ao nosso endereço. Mas, como para toda regra há uma exceção, quando menciono "qualquer um" não me refiro, necessariamente, à pessoa contratada pelo IBGE para levantar os dados do Censo 2022/2023 nesta região da cidade de Cascavel e que não contatou com absolutamente ninguém de minha família - e de inúmeras outras de amigos meus também.
Não só por isso, mas também por outros fatores, dentre eles o fato de o próprio IBGE ter informado provisoriamente que Cascavel já tinha 350 mil habitantes e essa população ter recuado para 348 mil no mapa definitivo, é que inúmeras cidades Brasil afora não se conformaram com os números do Censo recém divulgado se dizem determinadas a fazer uma reclamação oficial porque a fatia de recursos do FPM que cabe a cada Município brasileiro é definida justamente a partir do tamanho da população. Um em cada sete municípios receberá menos dinheiro desse Fundo a partir de agora, dado mais que suficiente para muita chiadeira. (Foto: Tânia Rêgo/AGBR)