A gripe aviária chegou ao PR. Estado tranquiliza avicultores
O que era considerado iminente, agora é fato concreto: a temida gripe aviária chegou ao Paraná, mas ainda não aos criadouros de frangos. A confirmação do primeiro caso foi feita pela Adapar por meio de nota técnica divulgada no início da tarde deste sábado (24) e que você pode ler na íntegra clicando AQUI. Ele foi registrado em uma ave silvestre (um Trinta-Réis-Real) capturada no município de Antonina, depois veio um segundo em Pontal do Paraná e já há a suspeita de um terceiro na Ilha do Mel.
Esse fato, no entanto, não altera em nada o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne de frango e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.
De acordo com a nota da Adapar, foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo Estado, em especial nas regiões relacionadas a esse evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura paranaense.
Não há propriedades de produção comercial no raio de 10 quilômetros do foco localizado em Antonina. O litoral do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com produção intensiva. Outras investigações em aves silvestres estão em curso no Paraná.
A Adapar atende 100% das notificações de suspeita da doença no Estado. Quando verificado um caso provável, é feita a colheita de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
A Agência também promoveu a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as unidades regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área, para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola do Estado.
PRECAUÇÕES
A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br.
Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.
Além do Paraná, aves silvestres com o vírus da doença já foram detectadas nos estados do Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos) e Bahia (2 focos), num total de 46. (Foto: Reprodução)