Mulher que morreu de gripe suína era portadora de câncer
Por meio de nota técnica, tornada pública nesta quarta-feira (21) pela Fiocruz, a OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou que uma moradora de Toledo, com 42 anos de idade, foi a primeira vítima fatal da gripe suína no Brasil em 2023. O Paraná registrou outros dois casos, em 2021 e 2022, mas que não tiveram maiores consequências.
"Este é um caso esporádico com base nas informações atualmente disponíveis e uma disseminação adicional não foi detectada", diz a nota da OMS. A paciente tinha dois familiares trabalhando com suínos, mas só ela contraiu o vírus, que foi fatal porque, teoricamente, estava com o organismo bastante debilitado por estar fazendo tratamento contra um câncer.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que "a causa do óbito ainda está sendo investigada", mas confirmou que ao tomar conhecimento do caso fez a devida notificação ao Ministério da Saúde e à OMS.
Por causa desse episódio, a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) passou a realizar rigoroso monitoramento dos criadouros de suínos da região de Toledo, mas até o momento não confirmou nenhum caso da doença em animais.
Segundo o Ministério da Agricultura, não há registro de transmissão da gripe suína para pessoas por meio da ingestão de carne ou derivados que tenham sido manipulados e preparados adequadamente, pois o vírus não resiste a altas temperaturas (de 70ºC a 160ºC). Não há, portanto, qualquer razão para as pessoas diminuírem o consumo de carne suína, a não ser que seja crua.
A transmissão ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, tossir ou falar; e também de forma indireta, quando após contato com superfícies contaminadas, a pessoa leva as mãos com o vírus até a boca, nariz e olhos. (Foto: Pixabay)