A próxima semana será marcada por uma mudança na composição da bancada paranaense na Câmara Federal, com a posse de Luiz Carlos Hauly (Podemos) no lugar do agora deputado definitivamente cassado Deltan Dallagnol.

A tese do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de que a vaga caberia ao pastor Itamar Paim (PL) foi definitivamente derrubada à meia-noite de ontem (9), quando o STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu o julgamento e, por 6 votos  a 3, deu ganho de causa ao partido de Hauly, após rejeitar o último recurso de Dallagnol.

E o que isso representará? Que o Paraná passará a ter um papel ainda mais relevante no debate da reforma tributária, que finalmente parece estar na iminência de sair do papel já que há convergência de todas as correntes do Congresso Nacional em torno desse tema.

Essa conclusão está balizada no fato de Hauly, que assumirá para seu oitavo mandato de deputado, é não só um dos maiores entusiastas, mas também um dos mais profundos conhecedores dessa reforma há tanto tempo debatida, mas que ainda não saiu do papel. É de sua autoria a PEC 110, uma das duas propostas de reformulação do atual modelo tributário em análise na atualidade.

"Não sou deste governo. Não votei no presidente Lula. Fiz oposição sempre ao PT, ao Lula e à Dilma. Mas quero reconhecer que este terceiro governo Lula veio para fazer a reforma tributária", comentou Hauly em entrevista ao canal MyNews, manifestando sua confiança de que a reforma finalmente sairá do papel.

Economista, Hauly iniciou sua trajetória política em Cambé, onde foi vereador e prefeito, e depois exerceu sete mandatos consecutivos de deputado federal, período em que também foi secretário de Fazenda do Governo do Paraná por duas ocasiões. (Foto: Wikipedia)