Denunciados pelos atos do 8 de janeiro já chegam a 1.246
A sessão desta sexta-feira (9) do STF (Supremo Tribunal Federal) vai até faltando 1 minuto para a meia noite, mas no início da tarde a Corte já havia obtido os seis votos necessários ao recebimento de um novo lote com mais 70 denúncias de pessoas envolvidas na invasão e no quebra-quebra das sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro - o único voto contrário era o ministro Cássio Nunes Marques.
Com mais essa leva, o Supremo chega a 1.246 denúncias aceitas das 1.390 apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra pessoas que participaram diretamente dos atos de vandalismo ou que apenas incitaram o movimento.
No mais novo grupo estão seis denúncias relativas a acusados de participação direta nos atos. Neste caso, os crimes imputados são mais graves, entre os quais associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado ao patrimônio da União.
As outras 64 denúncias se referem a incitadores dos atos violentos, principalmente as que acamparam por semanas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, local em que se pedia abertamente a intervenção militar sobre o resultado da eleição. Os crimes imputados a esses são de associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais.
Com o aceite da denúncia, abre-se uma nova fase de instrução processual, com oitiva de testemunhas e eventual produção de mais provas. Após essa nova instrução, começa o prazo para manifestação final de acusação e defesa e só depois disso é que será definido pela condenação ou não dos denunciados. (Foto: Joedson Alves/AENPR)