Crime: um submundo criativo
A criatividade é uma espécie de irmã siamesa da criminalidade. Não fosse assim, governo nenhum precisaria investir cada vez mais pesado em prevenção e combate às atividades ilícitas, das mais leves às mais nocivas, e ainda assim teríamos um cenário razoavelmente sob controle.
Mas na prática não é nada disso que acontece, como ficou claro - uma vez mais, diga-se de passagem - em dois casos registrados nos três últimos dias no Paraná, um Estado dos que mais recursos aplicam em segurança pública, mas que ainda assim não consegue oferecer tudo aquilo que dele a banda boa da sociedade espera.
O primeiro caso foi uma apreensão milionária feita pela Polícia Militar na sexta-feira (2), em Curitiba, de cigarros eletrônicos (vapers) e refis contendo maconha líquida no lugar das essências habituais.
Já o segundo caso foi registrado na manhã desta segunda-feira (5), em Cascavel, onde a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão temporária e outros dois de busca e apreensão contra uma quadrilha que se especializou em monitorar a atuação da Receita Federal para facilitar o contrabando de mercadorias vindas do Paraguai. De acordo com a PF, o "trabalho" desse pessoal estava dando tão certo que se tornou necessário abrir negócios com aparência lícita para "esquentar" o dinheiro. (Foto: Divulgação PF)