Grupo anti-Moro se complica
Ao que tudo indica, embaçou de vez o horizonte dos 13 suspeitos de planejar o sequestro do ex-juiz da Operação Lava Jato e hoje senador Sérgio Moro, além de outros servidores públicos.
Sandra Regina Soares, juíza titular da 9ª Vara Federal de Curitiba, acatou denúncia do Ministério Público Federal e os tornou réus, o que significa que eles terão algo bastante complicado com o que se preocupar de agora em diante.
A situação é mais delicada para oito deles, que vão responder pelos crimes de organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro - os outros cinco responderão só por organização criminosa.
Interessante observar que quatro dos agora réus do caso desvendado em março deste ano são integrantes do chamado alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital), considerado uma das organizações criminosas mais poderosas do País e cujo plano tinha por objetivo negociar a libertação de seu líder Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está condenado a mais de 340 anos de prisão.
Conforme a denúncia do MPF, os acusados constituíram um grupo "que atuou com emprego de armas de fogo, com o objetivo de obter vantagens indevidas mediante a prática de crimes contra servidores e autoridades de segurança pública, especialmente delitos de extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado".
Moro entrou na lista de vítimas potenciais do grupo pelas restrições impostas, quando ministro da Justiça do Governo Jair Bolsonaro, às visitas íntimas nos presídios federais de segurança máxima. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)