A cada dez incêndios florestais no Paraná, nove são criminosos
Atear fogo para limpar a vegetação, jogar lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das árvores, fumar próximo a plantações e soltar balões são algumas das ações que fazem com que, no Paraná, nove de cada dez incêndios florestais sejam criminosos, mesmo que às vezes não intencionais, e portanto, passíveis do uso da lei, que prevê reclusão de dois a quatro anos e multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo das dimensões do sinistro.
E quando um incêndio desse tipo acontece, a orientação é nunca tentar combater o fogo sozinho. Realizar este processo sem o treinamento adequado pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193.
Essa e outras orientações serão passadas por uma campanha que o Governo do Estado lançará nesta quarta-feira (31), às 9h, no IDR-Paraná. Ela contará com ações educativas e de campo e começará neste período do ano por ser, justamente, o que registra o maior número de ocorrências desse tipo por causa da vegetação mais seca e a baixa umidade do ar, além de estiagens.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, em 2022, mesmo com um inverso mais chuvoso, foram atendidos 4.693 casos de incêndios florestais no Paraná. Já em 2021, com o tempo mais seco, foram mais de 10 mil atendimentos.
"Não temos tempo a perder. Precisamos evitar os incêndios florestais agora" será o slogan da campanha, que contará com a participação de diferentes órgãos governamentais e entidades da sociedade civil, como a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e a RNBV (Rede Nacional de Brigadas Voluntárias). (Foto: Geraldo Bubniak/AENPR)