Enfermagem paga menos que o piso a 69% dos profissionais
Apesar de ser uma espécie de braço direito do médico, o enfermeiro é tratado como um profissional de "segunda linha" no tange à remuneração. Apesar de sua importância para quem precisa de atendimento na área da saúde, ele ganha pouco e se obriga, muitas vezes, a jornadas estressantes e que acabam prejudicando seu trabalho e sua vida.
A notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei na última sexta-feira (12) destinando R$ 7,3 bilhões a estados e municípios para garantir o pagamento do novo piso, fixado na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) aprovada há dez meses e suspensa por liminar do STF em setembro passado, está distante de ser vista como solução do problema.
A PEC em questão elevou o piso a R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. No entanto, 69% dos cerca de R$ 1,3 milhão de profissionais da área ganham abaixo desses valores de acordo com levantamento da LCA Consultores. O estudo apurou números detalhados e indicou que seriam necessários R$ 13,2 bilhões por ano para viabilizar a nova remuneração, ou seja, quase duas vezes mais do que o governo federal está repassando. (Foto: Pedro Ventura/AGBR)