Embargo europeu entorna o caldo da avicultura brasileira
O Brasil vai pagar um preço ainda mais caro pela negligência das autoridades sanitárias no acompanhamento da produção de carnes, desta feita especificamente de frango. Conforme já era esperado, a União Europeia decidiu ontem, por unanimidade, suspender as importações do produto exportado de 12 unidades da BRF e mais oito de outras empresas nacionais.
O Brasil é o maior exportador de frango do mundo e a União Europeia era o principal mercado comprador até agora. O bloco absorvia 7,5% de toda a produção avícola brasileira, e isso agora terá de ser absorvido pelo mercado interno ou exportado para outros continentes, coisa que não se consegue de um dia para o outro.
"A medida proposta pela comissão europeia é relativa a deficiências detectadas no sistema brasileiro oficial de controle sanitário", informou a União Europeia em nota oficial, ressaltando que a decisão foi tomada por unanimidade.
"Temos um problema que não é o fim do mundo e as empresas têm capacidade de superar", comentou ontem em Campo Mourão o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que semana passada passou três dias tentando em vão demover as autoridades sanitárias europeias de tomarem tal decisão.
NO PARANÁ
No Paraná, o embarco da União Europeia castiga principalmente a região Oeste, onde foram atingidas as unidades frigoríficas da BRF (Toledo), Copagril (Marechal Cândido Rondon), Copacol (Cafelândia), Coopavel (Cascavel) e Lar (Matelândia). (Foto: arquivo).