O pedágio segue preocupando
Um dos parlamentares mais atuantes na questão do pedágio no Paraná, Luiz Claudio Romanelli ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para fazer um alerta. De acordo com ele, ao contrário do que diz a versão oficial, ainda pairam dúvidas sobre os preços das tarifas e a realização das obras que se fazem necessárias.
De acordo com ele, o acordo fechado na semana passada, em Brasília, entre o governador Ratinho Junior e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma espécie de repetição da proposta apresentada pelo governo Bolsonaro em fevereiro de 2021.
"Na época, a proposta era liberar descontos de até 18% sem aporte e foi isso que acabou prevalecendo agora", afirmou Romanelli. "O pedágio pode voltar com preços parecidos com os que tínhamos", acrescentou. Além disso, ele citou que o acréscimo no prazo de concessões, que era de 24 anos e pode chegar a 35 anos, não está sendo considerado como um ganho. "Este modelo mantém as tarifas artificialmente altas", sentenciou.
"A tese que sustentamos era de uma caução para garantir as obras, conforme rege a Lei de Concessões. Para nossa surpresa, há uma minuta de edital circulando que permite ao proponente a escolha das garantias. Isso é muito frágil", finalizou Romanelli.
Por sua vez, o líder da oposição na Assembleia, deputado Requião Filho, anunciou que irá recorrer à Justiça para evitar que o modelo acordado seja implantado, pois considera ser tão ou mais prejudicial que o que vigorou até 2021. "Vamos à Justiça, vamos ao papa, vamos procurar o Buda, mas não vamos aceitar um pedágio que vá prejudicar o nosso Estado", sentenciou. (Foto: Divulgação)