Imigrantes aprendem língua portuguesa com ajuda da Univel
Sob a coordenação geral do professor Fábio Lúcio Zanella e o apoio da coordenadora do curso de Pedagogia, Gislaine Buraki, teve início na última sexta-feira (5) mais uma edição do projeto Língua Portuguesa para Imigrantes. Realizado desde 2919, o projeto já atendeu a cerca de 300 pessoas. Nele, imigrantes haitianos e venezuelanos aprendem as noções básicas do português.
Aos inscritos são ministradas 40 horas/aula e conversação e escrita, o suficiente para o aprendizado de noções básicas do idioma. Aos alunos também são passados alguns valores culturais e características peculiares do Brasil.
Antes do início propriamente dito do curso, os estrangeiros foram submetidos a testes para medir seu conhecimento sobre a língua portuguesa. As aulas são ministradas na própria Univel e também no Colégio Sagrada Família, com a participação de três professoras voluntarias.
De acordo com Gislaine Buraki, é essencial que os alunos tenham este contato, pois o projeto social contribui com a qualidade de vida dessas pessoas. As aulas inserem os imigrantes na cultura brasileira e também, possibilitam novas oportunidades na vida pessoal e profissional.
"É muito importante esse contato, pois contribuímos nesse início do contato com a cultura brasileira, para que isso os auxilie nas entrevistas de emprego. A questão da comunicação e a vivência na sociedade são essenciais. É um projeto muito importante tanto para os imigrantes, quanto para os professores, discentes e egressos do curso de Pedagogia, pois além de aprendermos muito, damos essa contribuição social que é valiosa, visto que Cascavel é considerada uma cidade hospitaleira", destaca a coordenadora.
Kervens Elien é natural do Haiti e participou da turma de 2021. Ele conta que chegou ao Brasil sem perspectivas e, após participar e receber o certificado desse curso, começou a trabalhar e estudar na Univel e em 2022 Kervens atuou como professor voluntário.
"Sou muito feliz com essa turma, pois tiveram alunos que tiraram notas excelentes. Eu também já estive no lugar deles recebendo o certificado, não parei por aí, estou estudando e trabalhando", afirma Kervens.
Ao final do curso, que dura cerca de oito meses, os imigrantes realizam uma prova de proficiência para verificar a aptidão de cada um. (Foto: Divulgação)