Novo inseticida contra mosquito da dengue chega ainda neste mês
Está prevista para antes do fim de maio a chegada, ao Paraná, do novo inseticida para controle de Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Mais eficiente que o atual, o Fludora Co-Max será enviado pelo Ministério da Saúde para ser utilizado na nebulização espacial - conhecida popularmente como fumacê. O novo princípio ativo foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O novo inseticida é composto por Flupiradifurone e Transflutrina (Fludora Co-Max). É para uso em UBV (Ultra Baixo Volume), como é o caso do fumacê, também em equipamento costal motorizado (UBV costal). O produto, assim como o inseticida Cielo, utilizado atualmente, é recomendado em situações de emergência, como surtos e epidemias, pois tem como alvo apenas os mosquitos adultos.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, embora a estratégia de nebulização seja importante, ela só resolve uma parte do problema. "O restante são medidas de conscientização da população para combate aos depósitos do mosquito", afirma.
De acordo com o informativo, os dois produtos (Fludora Co-Max e o Ciele) são adquiridos por meio de compra internacional. A previsão da chegada de ambos ao Brasil é até a primeira quinzena de maio de 2023. A partir da chegada e da tramitação legal, o governo federal iniciará a distribuição para os estados.
NÚMEROS E ORIGEM
O mais recente boletim epidemiológico data de ontem (2) confirmou 6.889 novos casos e seis óbitos por dengue em relação ao informe da semana anterior. Agora o Paraná registra, ao todo, 35.433 casos confirmados e 21 óbitos contabilizados no atual ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022. No caso da chikungunya, o Estado possui 283 casos confirmados, 52 a mais (22,5%) que no informe anterior. O Paraná permanece com dois casos de óbitos pela doença, um importado do Paraguai e outro de um morador de Cascavel.
Por outro lado, estudo da Organização Panamericana de Saúde com ajuda da Fiocruz e da Fund concluiu que as sequências do vírus da chikungunya detectadas no Paraná vieram das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e também do Paraguai. (Foto: Arnaldo Alves/AENPR)