PF prende ajudantes do ex-presidente Bolsonaro
A suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e a inserção de dados inverídicos nos sistemas do Ministério da Saúde levaram a Polícia Federal a vasculhar na manhã desta quarta-feira (3) a casa onde Jair Bolsonaro mora desde que retornou dos Estados Unidos e a prender vários de seus auxiliares diretos.
Por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, que horas antes havia tornados réus mais 200 detidos pelas invasões de 8 de janeiro, em Brasília, foram presos o tenente-coronel Mauro Cid (em cuja casa foram encontrados mais de R$ 190 mil em espécie), ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o PM Max Guilherme Machado de Moura e Sérgio Rocha Cordeiro, ex-assessores especiais do ex-presidente, dentre outros.
De acordo com a investigação, as inserções de dados falsos sobre a vacinação ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, para que o próprio Bolsonaro, a filha Laura (de 12 anos), Cid Barbosa, a mulher e a filha dele pudessem viajar aos EUA, já que a imunização à época era obrigatória.
A PF afirma ter indícios de que a adulteração teria sido operacionalizada por um secretário municipal de Duque de Caxias (RJ) que tinha acesso ao sistema do SUS e também foi alvo da operação.
Assim que os policiais chegaram em sua casa, Bolsonaro disparou telefonemas para vários ex-auxiliares pedindo que todos se reúnam com ele na capital federal para analisar a situação. Mas não pode usar seu celular para tanto, pois o mesmo foi apreendido.
Mais tarde o ex-presidente falou à imprensa e assegurou não ter participado de qualquer adulteração, mas também não negou ter se beneficiado da documentação falsa, em a qual não poderia ter ido aos EUA. (Foto: Divulgação PR)