Univel: futuros pedagogos fazem visita técnica à Cetea
Os acadêmicos do 4° ano de Pedagogia e os residentes do Programa Residência Pedagógica da Univel realizaram uma visita técnica à Cetea (Clínica Escola do Transtorno do Espectro Autista) de Cascavel. Na ocasião foi realizada II Mostra Pedagógica em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Os alunos conheceram os espaços e as atividades pedagógicas desenvolvidas na instituição de ensino, além de compreenderem a importância dos diversos métodos e da atuação da equipe multidisciplinar com os estudantes que possuem o chamado TEA (Transtorno do Espectro Autista).
De acordo com a coordenadora do curso de Pedagogia, Gislaine Buraki, o TEA faz parte dos transtornos do neurodesenvolvimento caracterizados por interação social e habilidades de comunicação prejudicadas, e muitas vezes são acompanhados por outros sintomas comportamentais, como comportamentos repetitivos ou estereotipados e processamento sensorial anormal. Os sintomas individuais e o funcionamento cognitivo variam entre os transtornos do espectro do autismo.
"A atuação pedagógica deve reconhecer a individualidade dos alunos para o desenvolvimento das estimulações cognitivas e sensoriais, proporcionando a aquisição de conhecimentos científicos, conforme previsto no Currículo da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel", relata Gislaine.
Ela ressalta que a visita trouxe significativas contribuições, entre elas o reconhecimento da importância da educação inclusiva e da atuação multiprofissional a partir das necessidades específicas e individuais de cada aluno.
A professora destacou, ainda, a necessidade de os futuros pedagogos reconherem as diferentes áreas de atuação e a importância de um trabalho sistematizado, que envolva o reconhecimento de que todos devem aprender e cabe a eles, futuros profissionais, proporcionar esta organização.
A acadêmica Leia Rodrigues Oliveira ressalta que a experiência de visitar e conhecer a clínica foi relevante para a formação, pois permitiu um olhar diferenciado sobre as especificidades dos alunos da educação especial. "A visita técnica super contribuiu, pois, além do professor dar ênfase na aprendizagem dos alunos, ele ainda confecciona e adapta as atividades, o que é pensar para além da sala de aula e propor atividades que visem o aprendizado da criança. Os trabalhos vistos na visita foram encantadores".
"Destaco aqui a Professora Judita, que tivemos o prazer em conhecer e prestigiar sua sala de aula. Ela nos deu uma atenção pra lá de especial, respondeu todas as nossas perguntas e todas as dúvidas foram supridas. Meu sincero agradecimento por esta experiência, e espero voltar", acrescentou.
Também acadêmica de Pedagogia, Ingrid Kaoma Oliveira dos Santos pretende seguir na área da educação especial e diz que a visita técnica foi essencial para entender métodos de aprendizagem para crianças especiais. "Se eu não tivesse essa experiência eu não teria esse olhar diferenciado. Essa é uma área que eu pretendo seguir, portanto foi muito gratificante essa experiência, pois nós pudemos acompanhar de perto como é, como ensinar e os desafios", afirmou. (Foto: Divulgação)