Em dezembro de 2020, mesmo diante de críticas principalmente da subseção OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Estado, a Assembleia Legislativa aprovou, em votação apertadíssima, um pacote de projetos de lei do Tribunal de Justiça reajustando as taxas cobradas pelos cartórios judiciais do Estado.

À época, estimava-se que isso representaria um aumento de 33% nos custos desse tipo de serviço, mas a verdade se mostrou ainda mais cruel para os usuários, conforme demonstra um levantamento do Jornal Plural, de Curitiba, revelando que os 500 cartórios do Paraná faturaram R$ 3,64 bilhões nos últimos quatro anos. O montante passou de R$ 458,38 milhões em 2017 para R$ 834,14 milhões em 2022, uma diferença positiva de nada menos que 82%, ou seja, 15% acima da média nacional.

Os números foram apurados junto ao banco de dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), responsável por acompanhar as atividades delegadas pelo Poder Judiciário a cartórios e tabelionatos de todo o País, e também foram turbinados pelo crescimento da prestação de serviços já que a demanda aumentou e nenhum novo cartório foi criado no período. (Foto: AGBR)