PGE quer Bolsonaro inelegível por ataque às urnas eletrônicas
Em manifestação enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha seus direitos políticos suspensos. A informação é da Agência Brasil.
O parecer, assinado pelo procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, foi enviado às 23h de ontem (12), no âmbito da ação de investigação judicial eleitoral em que Bolsonaro é investigado por atacar o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, sem provas críveis, durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em junho de 2022.
A posição da PGE é uma das últimas etapas da ação. Com isso, a expectativa é que o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, libere o caso para julgamento em plenário nas próximas semanas, após elaborar seu voto. Caberá ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, marcar o julgamento.
Na peça, Gonet destaca que Bolsonaro apresentou às representações diplomáticas em reunião na véspera da eleição do ano passado um compilado de informações e boatos reiteradamente desmentidos por diversos órgãos oficiais. Caso o pedido da PGE seja acolhido pelo plenário do TSE, Bolsonaro poderá se tornar inelegível pelos próximos oito anos.
Por determinação de Gonçalves, a ação sobre os embaixadores corre sob sigilo no TSE. Entre as provas colhidas no processo, encontra-se a chamada minuta do golpe, documento apócrifo que foi encontrado na casa do último ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, em diligência de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal.
Além dessa, há outras 17 ações abertas contra o ex-presidente da República durante a campanha eleitoral. (Foto: Antonio Cruz/AGBR)