Se faltava alguém com o estofo necessário para liderar a oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, já não falta mais. Jair Bolsonaro desembarcou às 6h38 da manhã desta quinta-feira (30) no Aeroporto Internacional de Brasília, após passar exatos 89 dias nos Estados Unidos.

A pedido do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, um forte esquema de segurança foi montado pela Polícia Militar do Distrito Federal, mas ainda assim muitos apoiadores do ex-presidente foram recepcioná-lo de forma ordeira.

Bolsonaro viajou dois dias antes do término de seu mandato - que foi encerrado pelo vice Hamilton Mourão - e acompanhou dos EUA os atos de 8 de janeiro em Brasília, que culminaram com a depredação das sedes dos três Poderes.

Na terra do Tio Sam ele permaneceu maior parte do tempo hospedado na casa do amigo e lutador brasileiro de MMA José Aldo em um condomínio de Kissimmee, no estado da Flórida.

ATIVISMO POLÍTICO

Agora que voltou ao País, Jair Bolsonaro vai morar com a família em uma casa alugada em um condomínio fechado localizado a 12 km do centro de Brasília e poderá se dedicar exclusivamente à atividade política. Nesta semana a casa passou por uma perícia e teve todas as fechaduras substituídas.

Ele deverá dar expediente um tanto quanto regular na sede do PL, partido do qual é presidente de honra e que irá lhe pagar um salário equivalente ao teto constitucional, que passará a ser de R$ 41,6 mil neste sábado (1º) e sairá do Fundo Partidário, que é pago  pelo contribuinte para bancar as atividades partidárias.

Além disso, o ex-presidente continuará recebendo as aposentadorias de R$ 11,9 mil por ser capitão reformado do Exército e de R$ 30 mil como ex-deputado federal (1991 a 2018), perfazendo uma renda mensal de R$ 83 mil.

Mas além de fazer política, também terá que se ver com a Justiça. Para a próxima quarta-feira (5) ele já tem depoimento marcado na Polícia Federal sobre o polêmico caso das joias. (Foto: Reprodução Twitter)