EstaR sofrerá alterações. Confira o que vai mudar
A presidente da Transitar, Simoni Soares, esteve na Acic na manhã desta quarta-feira (29) para uma conversa com empresários sobre proposta de alterações no EstaR, o Estacionamento Regulamentado. O encontro, presidido por Genesio Pegoraro, contou com as presenças também dos presidentes da Amic, Jovane Borges, e do Sindilojas, Leopoldo Furlan.
Simoni apresentou pontos da proposta e explicações técnicas sobre cada uma delas. Ela deixou claro que são os empresários, por meio de suas entidades, que vão ajudar a definir mudanças que serão implementadas. A meta do EstaR, de acordo com a presidente da Transitar, é dar rotatividade às vagas de estacionamento, que são limitadas, nas áreas comerciais da cidade. No entanto, esse objetivo não tem sido alcançado ao longo dos anos por vários fatores.
Um dos maiores desafios é enfrentar o "jeitinho" que algumas pessoas dão para driblar o sistema. Em todas as modalidades empregadas até agora, na tentativa de dar respostas melhores à comunidade, houve manobras que prejudicaram o processo. Na época dos cartões impressos, alguns usavam canetas nas quais a tinta podia ser apagada, e o mesmo podia ser utilizado várias vezes.
Na época dos parquímetros, havia problemas com furtos e vandalismo e na dos aplicativos, outras modalidades de espertezas foram empregadas para ludibriar o sistema. Uma das mais antigas e comuns ocorre quando usuários combinam e tiram veículos de uma vaga e a colocam em outra, para evitar a multa. Em um certo momento do EstaR só a campo eram 40 agentes para fiscalizar, o que contribuía para tornar o serviço deficitário. "O objetivo não é arrecadar para ter lucro, mas também não queremos ter prejuízo. Buscamos oferecer a melhor solução para que a finalidade seja cumprida", disse Simoni.
O QUE VAI MUDAR
Uma das principais mudanças propostas é o uso de veículo com câmeras de alta resolução acopladas, que fazem fotos panorâmicas para a leitura de placas, além de sistemas de biometria facial e de características. Ao mesmo tempo em que faz a rotatividade acontecer, o modelo proposto elevará os níveis de segurança, porque o sistema estará conectado com as forças policiais. Se for detectado um veículo com notificação de furto, por exemplo, a polícia poderá agir rapidamente na abordagem e recuperação.
A sugestão é que nas áreas do Estacionamento Regulamentado exista gratuidade na primeira ou na segunda hora de uso. Depois disso, e caso o veículo siga na vaga, então haverá multa automática de R$ 195 e 5 pontos na carteira de habilitação - o que já existe hoje, mas com a fiscalização dos agentes. As entidades vão definir qual é a melhor proposta de gratuidade, se uma ou duas horas. "Vamos conversar, analisar a fundo a questão e então retornaremos com a informação consensuada à prefeitura", afirmou Pegoraro.
Atualmente, são 5.720 vagas de estacionamento regulamentado, mas há pedidos para ampliar áreas de cobertura, a exemplo da rua Carlos Gomes. Mas tudo vai ser debatido com antecedência, conforme a presidente da Transitar. O presidente da Amic, Jovane Borges, propôs estudo para estimular empresários a criar vagas de estacionamento em suas empresas, prática hoje pouco usada porque há cobranças elevadas. (Foto: Secom/PMC)