O Procon do Paraná segue batendo recorde em cima de recorde quanto o assunto é reclamações de consumidores que se sentem prejudicados nas compras de produtos ou serviços. O número anual saltou para pouco mais de 46 mil em 2022, principalmente contra empresas de telefonia e bancos. Foram em torno de 3,8 mil reclamações/mês ou 126 reclamações/dia em média, números considerados altíssimos.

Esses outros dados foram debatidos nesta quarta-feira (15), justamente o dia dedicado ao consumidor, em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, que é presidida pelo deputado Paulo Gomes.

"O Procon, a Assembleia Legislativa e os órgãos de defesa devem se unir para cada vez mais punir aqueles maus prestadores de serviços ou aqueles que simplesmente fingem desconhecer ou realmente desconhecem o Código de Defesa do Consumidor", sentenciou ele, que se elegeu por Curitiba, mas teve passagem por Foz do Iguaçu e Cascavel como procurador e apresentador de televisão.

"Eu, na qualidade de consumidor, muitas vezes me vejo na situação de não ter o meu direito respeitado, de você ver abusividade em compras, de você ver abusos nas cobranças de cartões de crédito. Eu duvido que exista alguém que já não tenha sido lesado no direito do consumidor e não saiba a quem recorrer", ressaltou Paulo Gomes.

PAPEL DA FISCALIZAÇÃO

Paulo Gomes assegura que tem plena ciência de que ainda hoje a grande maioria das pessoas não conhece os seus direitos e aquelas que conhecem têm enorme dificuldade em vê-los concretizados.  "Pessoas de todas as classes sociais têm problemas com bloqueio de linhas telefônicas, ligações de telemarketing que incomodam o cidadão, e muita gente reclama de empréstimos consignados, pessoas que não conseguem cancelar os malditos empréstimos consignados e a Assembleia do Paraná tem esse papel de fiscalização, de legislação e de defesa do cidadão paranaense. O poder público estadual, quando se fala em direito do consumidor, tem a oportunidade de legislar, que é o que nós faremos aqui no estado do Paraná, legislar em defesa do consumidor paranaense", finalizou. (Foto: Valdir Amaral/Alep)