Crea-PR age por um pescado cada vez de melhor qualidade
O consumo de peixes aumenta durante a Quaresma, quando as vendas têm um desempenho bem acima da média, mas nos últimos tempos tem sido registrada uma demanda igualmente crescente no restante do ano. Por conta disso, e para que a carne oferecida seja efetivamente de boa qualidade, o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) decidiu intensificar seu trabalho de fiscalização e orientação.
Esse trabalho está sendo reforçado sobretudo na Região Oeste, que é responsável pela maior produção de tilápias no Estado. O município de Nova Aurora lidera esse ranking, seguido por Palotina e Toledo. De acordo com o gerente da regional do Crea-PR de Cascavel, engenheiro civil Geraldo Canci, as fiscalizações têm como objetivo principal verificar se os serviços de engenharia de pesca são planejados e acompanhados por empresas e profissionais registrados no Crea-PR.
"A atividade de exploração e beneficiamento da piscicultura deve sempre ser acompanhada por um profissional habilitado. Por isso, a necessidade da fiscalização das atividades comerciais na nossa região. O profissional qualificado utilizará os melhores métodos e tecnologia para uma melhor produtividade, engorda e também no abate dos peixe. Nos casos que forem constatadas a falta de responsável técnico, os produtores serão notificados para a devida regularização", explica Canci.
PRODUÇÃO EM ALTA
O Paraná é o estado brasileiro que mais produz peixes de cultivo. O Anuário Peixes 2023 revela que o Estado produziu nada menos que 194.100 toneladas no ano passado, volume 3,2% maior que o de 2021. Na Região Oeste do Paraná as cooperativas desempenham um papel fundamental nesse processo e uma delas, a Copacol, inclusive é responsável pela implantação de um sistema de integração inovador, que beneficia os piscicultores.
Esta região desempenha importante papel também na formação de engenheiros de pesca com a graduação ofertada pelo campus de Toledo da Unioeste, o único do Estado.
"Verificamos a relevância desse profissional desde o planejamento de um projeto, no licenciamento, na reprodução, na produção de forma jovem, chamada de alevinos, na fase de terminação das tilápias, também conhecida como engorda, no beneficiamento em frigorífico, até o direcionamento ao mercado e chegada do produto ao consumidor final", enfatiza o presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Paraná, Jorge Vicente Pereira Neto.
Ele ressalta ainda o conhecimento dos profissionais para que todo o elo da produção seja cumprido de forma técnica para se atingir os melhores resultados. "O engenheiro de pesca tem todo o conhecimento para avaliar se uma área tem potencial para a construção de piscicultura, avaliando a qualidade de água, disponibilidade hídrica, tipo de solo compatível para obras de terraplanagem e tudo pautado com as questões ambientais, para que a atividade ocorra de forma sustentável", finaliza. (Foto: Divulgação Crea-PR)