Elas fazem por merecer
Este Dia Internacional da Mulher (8 de março) teve algo mais concreto que as homenagens habituais na Assembleia Legislativa do Paraná. A data também foi marcada pela aprovação do primeiro projeto proposto pela recém-criada Bancada Feminina da Casa, cujo propósito é ampliar o debate e assegurar medidas de proteção, defesa e equidade às mulheres.
Formalizada no mês passado, logo o início das atividades da nova legislatura, a Bancada Feminina construiu uma proposta de lei que traduz a sensibilidade feminina sobre um tema doloroso, determinando a criação de áreas específicas de internação para parturientes de bebês natimortos ou com óbito fetal em separado das demais, bem como o direito da paciente contar com a presença de um acompanhante de sua livre escolha durante todo o período de internação.
"A dor do sonho interrompido causa emoções como tristeza, frustração, luto e dor. Muitas mulheres também acabam desenvolvendo transtorno de estresse pós-traumático e depressão, tendo em vista que durante a gestação, a mãe não só planejou o momento em que ela conheceria o seu filho, como também idealizou o resto da vida do feto. Portanto, esses casos devem ser tratados de maneira específica pelo sistema de saúde", diz a justificativa do projeto.
Aprovado em primeira votação, o texto foi assinado pelas deputadas Cantora Mara Lima, Cristina Silvestri, Luciana Rafagnin, Mabel Canto, Maria Victoria, Ana Júlia, Cloara Pinheiro, Flávia Francischini, Márcia Huçulak e Marli Paulino.
Na mesma sessão foi aprovado, também em primeira votação, projeto de Maria Victoria, Mabel Canto e Cristina Silvestri obrigando as casas noturnas a disponibilizarem tampas ou proteções de copos aos consumidores como forma de prevenir a utilização delituosa de drogas para fins de abuso como é o caso do famoso "boa-noite Cinderela". (Foto: Orlando Kissner/Alep)