Modelo do novo pedágio no PR ainda não tem definição
Nota emitida pela Assessoria Especial de Comunicação do Ministério dos Transportes revela que houve precipitação na marcação de um ato em Curitiba, que hipoteticamente seria realizado na sexta-feira passada para formalizar a concessão das rodovias estaduais a serem incluídas no novo pedágio do Paraná. E ainda mais importante: que não há, até o momento, a definição de um modelo de concessão.
"A delegação das rodovias estaduais ao Governo Federal é parte importante do processo de concessão do sistema rodoviário do Paraná, mas em momento algum houve a confirmação do evento por parte do Ministério dos Transportes", diz a nota.
"As conversas para a publicação dos editais dos lotes 1 e 2 do sistema rodoviário do Paraná estão adiantadas e em fase de últimos ajustes. Com zelo, Ministério dos Transportes e Governo do Paraná buscam chegar ao melhor modelo possível para a população e que, ao mesmo tempo, seja atrativo para a iniciativa privada", ressalta.
QUEDA DE BRAÇO
O que se depreende deste e de outros fatos recentes é a existência de uma espécie de guerra surda entre grupos políticos do próprio Paraná, cada qual defendendo um modelo e tentando assumir a paternidade do novo pedágio - o que só ocorrerá, é bom que se diga, se a escolha for do agrado da população.
O mais novo capítulo desse imbróglio aconteceu ontem (6), quando os deputados Arilson Chiorato, Luiz Claudio Romanelli, Gleisi Hoffmann e Ênio Verri e o economista Luiz Antonio Fayet estiveram reunidos em Brasília com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Durante a audiência eles entregaram um documento descrevendo os problemas da concessão anterior e pontuando alertas feitos pela equipe técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) a respeito do valor das tarifas futuras.
O ofício trata da questão do aporte financeiro, que pode inibir a oferta de descontos na fase de leilão, e das garantias contratuais. Além disso, sugere a recontagem de tráfego e a criação de um conselho de gestão da malha que será concedida ao setor privado. (Foto: Divulgação)