Um fenômeno incomum, mas já esperado, foi registrado durante a primeira etapa do Vestibular 2023 da UEL, a maior universidade estadual do Paraná, com sede em Londrina. Dos 20.819 inscritos, nada menos que 7.628 não compareceram para fazer as provas realizadas neste domingo (5) em Londrina, Cascavel, Curitiba, Guarapuava e Umuarama.

Mas ao falar sobre assunto a reitora da UEL, professora Marta Favaro, observou que existe um claro distanciamento de estudantes do Ensino Médio com o Ensino Superior e a possibilidade de empregabilidade no mercado formal de trabalho. Prova disso é que as demais universidades estaduais também tiveram concorrência reduzida e abstenção elevada nos vestibulares mais recentes.

"A universidade tem buscado intervir ao ampliar a divulgação de atividades relacionadas à academia, apoiando a avaliação que educadores e o setor público têm feito e lançando mão de ações para adequar o calendário acadêmico, afetado pelos dois anos de pandemia", disse. 

A abstenção da primeira etapa atingiu 36%, índice considerado altíssimo, mas já esperado em virtude do resultado do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) ter sido divulgado na semana passada (28 de fevereiro) e muitos desses vestibulandos já terem conseguido vagas.

Nessa primeira etapa os candidatos responderam 60 questões objetivas de Conhecimentos Gerais, que tiveram como tema central o conhecimento científico e sua repercussão na sociedade. Neste ano, a UEL oferta 3.100 vagas, sendo 2.541 via vestibular e outras 559 por meio do Sisu.

Os aprovados no Vestibular 2023 deverão iniciar as aulas no dia 17 de julho. Para 2024, está prevista uma redução de cerca de 45 dias nesse intervalo temporal. (André Ridão/O Perobal/UEL)