CPMI vai separar criminosos de inocentes, afirma Sperafico
O deputado federal Dilceu Sperafico, de Toledo, afirma que uma das grandes tarefas de deputados federais e senadores nos próximos dias será a definição dos integrantes e dirigentes da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) de 08 de Janeiro. "Queremos a punição exemplar dos verdadeiros criminosos, mas a preservação dos que não praticaram nenhuma ilegalidade e são pessoas honestas e trabalhadoras, de passado limpo", diz.
Segundo ele, a CPMI já conta com assinaturas de apoio acima do número exigido pela legislação tanto na Câmara quanto no Senado, restando apenas a formalização e início efetivo das atividades da comissão. Os grandes objetivos são investigar e identificar quem de fato participou dos atos de vandalismo, para que respondam pelos crimes ou abusos cometidos e de quem houve negligências, entre autoridades federais e estaduais, permitindo a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal.
Para Sperafico, a verdade e a justiça precisam prevalecer. "A legislação precisa ser aplicada contra os criminosos e a favor dos inocentes. Nenhum cidadão que foi a Brasília, desarmado e portando apenas bandeiras nacionais e faixas de protesto, para reclamar dos resultados das eleições presidenciais e contestar decisões e posições dos atuais governantes, pode ser punido pelo exercício de seu sagrado direito de manifestação popular, como acontece em todo o País desde os tempos do regime militar, pois isso seria abuso de autoridades e atentado à legislação em vigor", destaca.
"A CPMI está sendo criada em momento oportuno, pois a sociedade espera e cobra clareza das autoridades, incluindo legisladores, após os momentos conturbados que passamos. A esquerda culpa a direita e a direita culpa a esquerda. Os patriotas que estavam em Brasília alegam que não iriam fazer bandalheira e foram indivíduos infiltrados nos protestos que iniciaram a confusão. A Justiça está punindo ou processando pessoas que não participaram dos atos violentos e há muitos presos políticos após esses fatos", finaliza Sperafico. (Foto: Divulgação)