A população do Brasil vai continuar em crescimento até atingir 233,2 milhões de pessoas em 2047, e a partir daí entrará em declínio gradual e chegará a 228,3 milhões em 2060. A previsão é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e faz parte da Revisão 2018 da Projeção de População, que estima demograficamente os padrões de crescimento da população do País ano a ano, por sexo e idade para os próximos 42 anos.

Mas o Paraná e outros 11 estados (Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte) deverão ter redução na sua população antes de 1948. Segundo o IBGE, a principal característica dessas unidades da federação é o saldo migratório negativo. No limite da projeção em 2060, oito estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre) não terão queda nas suas populações, pois apresentam saltos migratórios positivos e/ou têm taxas de fecundidade total mais elevadas.

Com 79,7 anos, Santa Catarina, que, atualmente, tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos, subirá para 84,5 anos em 2060. O Maranhão, com a menor expectativa de vida ao nascer (71,1 anos) em 2018, vai perder a posição para o Piauí que em 2060, e terá a taxa de 77 anos.

DEPENDÊNCIA

O IBGE estima também que a taxa de dependência da população brasileira em 2018 é de 44%. Isso significa que 44 pessoas menores de 15 anos e maiores de 64 dependem de cada 100 indivíduos em idade de trabalhar. A proporção deve subir para 67, 2% em 2060.

O instituto chama atenção que em 2010, a razão de dependência era 47,1% e atingiu o menor patamar em 2017, quando registrou 44%. Até 2028 a expectativa é crescer alcançando 47,4%, o mesmo do que foi anotado em 2010. (Foto: AGBR)