Safra paranaense de soja deve superar 21 milhões de toneladas
Depois de um tombo histórico amargado na safra 2021/22, os produtores rurais do Paraná estão colhendo aquela que será a maior safra de soja da história do Estado. De acordo com o Giro da Safra, que passou pelas regiões de Guarapuava, Cascavel, Campo Mourão, Maringá e Tibagi, o volume deve ir além de 21 milhões de toneladas e superar as 20,7 milhões de toneladas do ciclo 2019/20.
"Depois de temporadas com perdas severas, essa safra tem tudo para ser cheia, permitindo que o produtor volte a se capitalizar. E sabemos que quando o campo vai bem, a economia dos municípios do Paraná vai bem também", afirma Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR.
Na região Oeste, as perspectivas seguem positivas, com relatos da possibilidade de colher, em média, 70 sacas por hectare. Isso mesmo com o susto de uma estiagem, que deve provocar perdas em algumas áreas. Mas por ora o excesso de chuvas está atrapalhando a colheita.
O produtor Agassiz Linhares Neto semeou 340 hectares de soja e está confiante em uma boa colheita, mas aponta como preocupação os custos de produção. Em suas contas houve um aumento de R$ 2 mil por hectare para a compra de fertilizantes, enquanto o gasto com diesel dobrou.
LOGÍSTICA PREOCUPA
Mas se o rendimento do campo está satisfatório, as condições para transporte da colheita não está do agrado dos produtores. O impasse em torno da reimplantação do pedágio e a falta de conservação das rodovias federais está levando boa parte da malha viária do Estado ao sucateamento.
Os buracos, que pareciam ter ficado no passado das rodovias do chamado Anel de Integração, voltaram a ser protagonistas das viagens. Agora, além de toda a atenção usual exigida dos motoristas, o zigue-zague para desviar de "panelas" no caminho também é uma preocupação constante dos caminhoneiros. (Foto: Sistema Faep)