Nosso dinheiro virou capim!
Não dá para generalizar, obviamente, pois há políticos zelosos com o alheio. Mas normalmente não é isso que se vê quando o assunto é gasto do sagrado dinheiro público, amealhado por meio de uma carga tributária absurdamente alta e que pouquíssimo retorno oferece justamente porque, na maioria das vezes, é tratado como se fosse capim, que dá de forma abundante e em qualquer solo.
Feita esta breve introdução, vamos ao que interessa: a mais nova peripécia do presidente da Câmara dos Deputados, o já contestadíssimo Arthur Lira, aquele que ainda outro dia andava de braços dados com Jair Bolsonaro e hoje morre de amores por Luiz Inácio Lula da Silva, bem ao estilo do famigerado Centrão, do qual é um dos principais líderes.
Em busca de novos apoios já que postula mais um mandato de presidente da Casa, ele acaba de aumentar de R$ 4.253 para R$ 6.654 mil o chamado auxílio-moradia, ajuda de custo concedida aos deputados que não fazem uso dos chamados imóveis funcionais.
E tem mais: o benefício pode ser pago em espécie (neste caso há desconto de 27,5% de Imposto de Renda) ou por reembolso de despesa, mediante apresentação de nota fiscal de hotel, contrato de locação ou recibo de aluguél, casos em que é isento do IR.
Vale lembrar que dos 432 apartamentos funcionais pertencentes à Câmara, 68 estão atualmente desocupados, o que significa que uma fatia considerável de parlamentares prefere receber a grana e se virar com a moradia do jeito que mais lhe convém. (Foto: Reprodução)