Ao menos 300 manifestantes são levados para dois presídios
Após passarem a noite na sede da Polícia Civil do Distrito Federal, ao menos 300 manifestantes presos em flagrante durante o quebra-quebra de ontem (9) no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, estão sendo transferidos na manhã desta segunda-feira (9) para duas grandes unidades prisionais de Brasília.
Os homens estão sendo levados para o Complexo Penitenciário da Papuda e as mulheres para Penitenciária Feminina, popularmente chamada de "Colmeia". A remoção atende a uma determinação da juíza da Vara de Execuções Penais do DF, Leila Cury.
Normalmente os presos permanecem provisoriamente na carceragem da Polícia Civil. "No entanto, por se tratar de casa de passagem com baixo número de vagas, em razão de se localizar próximo à região central e bastante habitada do Distrito Federal, bem como para se evitar concentração de pessoas e mais tumulto que viole a paz pública distrital, tenho que as transferências devem ser imediatamente realizadas", alegou a magistrada.
E outras prisões devem acontecer nas próximas horas, até porque muitos manifestantes permaneceram em Brasília já que ao menos 40 ônibus que os levaram para lá foram apreendidos. "Todos serão apresentados ao Poder Judiciário, ainda hoje e nos próximos dias", postou em seu Twitter durante a madrugada o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Também na manhã desta segunda, uma operação conjunta das forças de segurança do Distrito Federal e do Exército desmontou o acampamento instalado em frente à unidade militar do DF. Mais de mil manifestantes que lá estavam e não conseguiram fugir a tempo foram levados em sistema de comboio até a sede da Polícia Federal para serem devidamente identificados e fichados.
CANAL PARA DENÚNCIAS
Já o Ministério da Justiça criou emergencialmente um canal especialmente para receber denúncias realacionadas às pessoas implicadas no quebra-quebra de ontem nas sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Jujdiciário. "Qualquer informação ou pista é bem vinda", disse o ministério em nota. Quem quiser contribuir deve enviar mensagem para o e-mail denuncia@mj.gov.br. (Foto: Reprodução redes sociais)