A primeira semana do novo Governo Lula nem chegou ao fim e já pipocaram ao menos dois casos graves para colocar em xeque a promessa de uma administração redentora do principal líder petista.

Uma se refere a Daniela Carneiro, indicada pelo União Brasil para o Ministério do Turismo, que após tomar posse viu estampada na imprensa do País todo fotos suas ao lado do ex-sargento da PM Juracy Alves Prudêncio, que foi seu cabo eleitoral em 2018 enquanto cumpria prisão em regime semiaberto no Rio de Janeiro.

Mais conhecido como Jura, ele é tido como chefe de uma milícia carioca e havia sido condenado a 22 anos de prisão por homicídio e há tempos se encontra novamente atrás das grades. Como se isso não bastasse, chegou a ser nomeado na época para um cargo de confiança na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela. Até petistas próximos do presidente estão cobrando sua demissão imediata.

O segundo episódio está relacionado ao novo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, o ex-governador amapaense Waldez Góes, nomeado na cota do PDT e condenado em 2019 a 6 anos e 9 meses de prisão pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por peculato (desvio de recursos públicos), mas que teve a sentença suspensa provisoriamente em 2020 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), onde o processo mofa até hoje em alguma gaveta por obra e graça de um pedido de vista do ministro Xandão. A nomeação de Góes repercutiu mal até fora do País.

Definitivamente, não é um bom começo para um presidente que também esteve privado de liberdade por 580 dias como parte da Operação Lava Jato, já morta e enterrada por interesse de situação, oposição e afins. Como dormir com um barulho desses? (Foto: Youtube Lula Oficial)