Nem a estiagem ofuscou o brilho do campo em 2022
O ano de 2022 foi desafiador para o agronegócio paranaense devido ao clima, que prejudicou a produção agrícola e gerou aumento nos custos de produção. No caso da soja, por exemplo, a falta de chuvas em um momento importante do desenvolvimento das lavouras levou a uma redução de aproximadamente R$ 15 bilhões no faturamento.
A redução na produção nesse período também foi registrada na primeira safra de feijão (-25%) e milho (-5%). Mas a segunda safra desses dois produtos, bem como as proteínas animais e os bons preços garantiram altos rendimentos ao setor agropecuário como um todo.
Diante desse cenário, o Deral estima que o VBP (Valor Bruto da Produção) de 2022 ao menos mantenha os resultados positivos do ano anterior, quando atingiu o valor recorde de R$ 180,4 bilhões.
PECUÁRIA
A pecuária paranaense continuou crescendo em 2022. A produção de suínos tem um incremento estimado em 8%, e o frango de corte, 2%. O setor leiteiro, que assim como os grãos enfrentou dificuldades ao longo do ano, começou a retomar o equilíbrio, e tem uma variação de preços projetada em 25% entre 2021 e 2022.
De maneira geral, as proteínas animais cresceram 4% na produção, comparativamente a 2021. Com isso, para 2022 estima-se um crescimento de 5% no VBP desse setor, podendo chegar a R$ 49,2 bilhões.
"Nós estamos começando a colher os frutos das nossas certificações como área livre de febre aftosa sem vacinação e zona independente de peste suína, que abriram mercados para o Paraná. Vimos o crescimento nos investimentos em novas plantas agroindustriais, frigoríficos que estão sendo instalados, novas plantas em funcionamento", comemora o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. (Foto: Albari Rosa/AENPR)