Projeto da Univel ensina a língua portuguesa a imigrantes
Realizado desde 2019, o projeto Imigrantes Univel acaba de certificar 182 novos alunos, passando de 300 no total. O objetivo é alfabetizar e ensinar o letramento da língua portuguesa para haitianos e venezuelanos, facilitando assim a imersão desses estrangeiros na socialização e na cultura brasileira.
Em um primeiro momento os alunos passam por uma avaliação diagnóstica, cuja finalidade é testar o nível de conhecimento da língua portuguesa. E ao final do curso, que dura cerca de oito meses, os imigrantes realizam uma nova prova de proficiência para verificar a aptidão de cada um. Durante as aulas eles estudam a língua portuguesa, passando pela conversação e pela escrita, até a pronúncia correta.
Segundo a coordenadora de pedagogia Gislaine Buraki, é essencial que os alunos tenham esse contato, pois o projeto social contribui com a qualidade de vida dessas pessoas. As aulas inserem esses imigrantes na cultura brasileira e possibilitam novas oportunidades na vida pessoal e profissional.
"É muito importante esse contato, pois contribuímos com as questões da língua portuguesa nesse início do contato com a cultura brasileira, para que isso contribua para entrevistas de emprego, a questão da comunicação e vivência na sociedade é essencial. É um projeto muito importante tanto para eles quanto para os professores, discentes e egressos do curso de pedagogia, pois além de aprendermos muito temos essa contribuição social que é valiosa, visto que Cascavel é considerada uma cidade hospitaleira", destaca.
Conforme a professora Gislaine Buraki, o projeto é um grande diferencial do curso de Pedagogia em relação aos projetos de extensão para a sociedade cascavelense. Além disso, pontua, todos os professores voluntários, egressos e acadêmicos que acompanharam esse processo formativo desde do mês de março.
"O projeto é muito importante para os alunos e para nós professores também, foi uma troca de experiências. Iniciei no projeto no ano passado, gostei muito e acabei retornando este ano", ressalta Sandra Rodrigues, egressa e professora voluntária.
Natural do Haiti, Kevens Elien da turma de 2021 e hoje também é professor voluntário. "Sou muito feliz com essa turma, pois há alunos que tiraram notas excelentes. Ano passado eu estava no lugar deles recebendo o certificado e não parei por aí, decidi fazer um trabalho a mais e coloquei em prática os estudos", afirma. (Foto: Divulgação)