Futebol perde Pelé, 82 anos, o maior de todos os tempos
Um gênio da bola, que chutava com as duas pernas, era forte, habilidoso, subia no terceiro andar para cabecear, tinha uma visão privilegiada do jogo, raramente se machucava e fez fama no mundo todo. Este era Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, eleito o Atleta do Século e que deixou a vida para entrar definitivamente na história na tarde desta quinta-feira (29).
O maior de todos os tempos faleceu próximo das 15h30, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde dia 29 de novembro para tratamento de um câncer que já não tinha mais cura. Ele estava com 82 anos e será velado no palco onde desfilou seu talento por 18 anos: o Estádio da Vila Belmiro, casa do Santos FC.
PERDA IRREPARÁVEL
A morte de Pelé representa não só a perda do melhor jogador do futebol mundial em todos os tempos, mas também do maior ídolo da história do Brasil. Maior artilheiro da seleção brasileira, com a qual conquistou três Copas do Mundo e pela qual marcou 95 gols, ele estreou com a camisa amarela aos 17 anos e logo foi tomando conta da camisa 10.
Mineiro de Três Corações, Pelé passou boa parte da infância e da adolescência em Bauru, interior de São Paulo, onde começou a jogar futebol sob a influência do pai, Dondinho, depois foi para Santos e, por fim, para o Cosmos dos EUA, assinalando um total superior a 1.200 gols.
"A morte do ídolo é a mais triste notícia informada pela CBF desde a sua fundação, há 108 anos", diz nota emitida pela entidade que gerencia o futebol brasileiro e cujo presidente, Ednaldo Rodrigues, decretou luto oficial por sete dias. (Imagem: Reprodução CBF)