Com uma canetada, Gilmar decide pelo Congresso inteiro
Em uma decisão que certamente será muito questionada, como tantas outras brotadas ultimamente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes suspendeu o ócio no fim da noite de ontem (18) especificamente para tomar uma decisão que certamente é do agrado do futuro governo, mas não do Congresso Nacional - onde, é necessário ressaltar, a PEC da Transparência (também conhecida como PEC da Gastança) vem sendo moeda da troca por cargos no futuro governo.
Numa canetada só, ele determinou que o valor extra bilionário necessário para manter o Bolsa Família (o atual Auxílio Brasil) em R$ 600 poderá ficar fora do teto de gastos de 2023 sem problema algum, podendo ser obtido por meio de crédito extraordinário, o que fragiliza sobremaneira o papel de senadores e deputados nesse caso.
A decisão, tomada poucas horas depois de o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para pedir mais agilidade do Congresso, veio em atendimento parcial a um pedido da rede Sustentabilidade, e deve fazer com que o tema volte para o Senado, onde foi aprovado na semana passada.
Leia a íntegra da decisão de Gilmar Mendes. (Foto: Divulgação STF)