O retrato do amanhecer desta terça-feira (13), em Brasília, é o desfecho óbvio de mais um capítulo de um filme de terror com roteiro real tendo como cenário um País historicamente pacífico, mas que passou por uma profunda, repentina e desastrosa transformação por conta de uma polarização política jamais vista ao longo dos últimos 50 e tantos anos, pelo menos.

Os esqueletos de quatro ônibus e sete carros destruídos por incêndios criminosos e deixados espalhados pelo centro da capital federal simbolizam um dos momentos mais difíceis e emblemáticos da ainda incipiente democracia brasileira.

O motivo alegado para a deflagração do protesto bolsonarista foi a prisão do indígena José Acácio Tserere Xavante, decretada a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) depois de sucessivos discursos de ódio e incitação à violência, mas é óbvio que não é só isso.

O jogo nos bastidores da política nacional, que sempre ultrapassou os limites da legalidade e da moralidade, atingiu níveis de verdadeira insanidade, deixando no ar a impressão de que nosso País se transformou, de um momento para outro, em uma espécie de berço do terrorismo. 

Não, não é este o Brasil que devemos deixar como herança às futuras gerações! (Foto: Reprodução Twitter)