Não é só em casa: mulheres passam a apitar até na Copa
Quando os homens se reúnem e começam a trocar confidências, uma das frases que mais se ouve é "quem apita lá em casa é a minha mulher". E não é papo furado, acredite. No Brasil isso foi corroborado até por uma ampla pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, que entrevistou mais de 9.100 homens do País todo e atestou o que já era de domínio público há muito tempo.
Mas o poder feminino também avançou muito além de casa nos últimos anos, fazendo com que elas adquirissem voz de comando até em universos essencialmente masculinos, como é o caso do futebol - o que, diga-se de passagem, conquistaram com aboluto merecimento.
Catarinense da pequena cidade de Saudades, 38 anos, formada em Educação Física e árbitra Fifa desde 2014, Neuza Back (foto) entrará para a história desse esporte ao integrar nesta quinta-feira (1º), como auxiliar, o primeiro trio de arbitragem feminino a apitar um jogo de Copa do Mundo.
Ela vai trabalhar junto com a árbitra francesa Stephanie Frappart e a auxiliar mexicana Karen Dias no jogo entre Costa Rica e Alemanha, marcado para as 16h (de Brasília) e válido pelo Grupo E, que tem a Espanha na liderança com 4 pontos, Japão e Costa Rica com 3 e a Alemanha em último com apenas 1.
No ano passado, junto com a também brasileira Edina Alves, Neuza já havia integrado o primeiro trio de mulheres em uma competição adulta masculina da Fifa, atuando no Mundial de Clubes como auxiliar reserva no jogo entre Tigres e Ulsan Hyundai e como auxiliar titular no jogo entre Ulsan Hyndai e Al Duhail, pela decisão do quinto lugar. (Foto: Liamara Polli/CBF)