Avicultura vai bombar em 2023, projeta o Sindiavipar
O ano de 2023 será ainda melhor para a avicultura paranaense do que 2022, conforme avaliação feita pelo presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná), Irineo da Costa Rodrigues (foto), durante workshop realizado em Medianeira. Ele destacou que o próximo ano não será de ampliação da produção, mas vai permitir a evolução do setor, com o escoamento dos produtos existentes para o mercado interno e externo.
Entre as razões para a melhora do cenário, Rodrigues apontou a perspectiva de safras maiores de grãos (soja e milho), resultando na redução do custo de produção para o setor avícola. Além disso, existe a expectativa de consumo favorável no mercado interno, por conta da tendência de crescimento de empregos e de manutenção dos auxílios de renda ofertados pelo atual governo federal, e que vai continuar na próxima gestão.
Outro fator positivo para o setor avícola é que o mercado externo deve continuar demandando por frango brasileiro, o que deve se acentuar em caso de um dólar valorizado. Entre os desafios para 2023, Rodrigues destaca as questões de mercado, sanidade, de cotação de moeda, e de juros muito altos. " O ano de 2023 não vai ser um período em hipótese alguma para aumentar a produção, mas vai ser um ano em que nossos produtos vão ser escoados para o mercado externo e interno, e as empresas vão poder continuar evoluindo", destacou.
Resumindo 2022, o presidente do Sindiavipar avalia que foi ano desafiador, em que as empresas procuraram ser mais eficientes para superar os desafios de alta de custos. Para Rodrigues, este ano está sendo desafiador, período em que o primeiro trimestre foi marcado por um custo alto de grãos, não sendo possível repassar este aumento para o mercado com a mesma velocidade. Já o segundo trimestre foi um bom período, o terceiro trimestre foi equilibrado, enquanto os últimos três meses do ano estão mais desafiadores. "Com tudo isso teremos um ano de superação, em que vamos sair com avicultura mais moderna e competitiva", afirma.
O diretor de mercado da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luís Rua, corroborou a projeção do presidente do Sindiavipar sobre os desafios enfrentados em 2022, como a alta histórica nos custos de produção e um ambiente ainda afetado pela crise da Covid-19. Entretanto, para Rua o País apresenta excelente performance nas exportações com recorde estimado em mais de 4,8 milhões de toneladas de frango para este ano.
"O Brasil está sendo cada vez mais demandado, embora já seja líder na exportação de frango. Este ano com a Guerra entre Rússia e Ucrânia, aumento de custos de produção, influenza aviária que tem atacado, especialmente, países da Europa que são os grandes concorrentes do Brasil, faz com que o nosso país, com o status sanitário que nós temos, seja cada vez mais chamado nesse fluxo global. Devemos terminar este ano com bom volume de exportação", declarou.
O Workshop Sindiavipar 2022 contou com diversos palestrantes de grande renome na área, como o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e presidente do Conselho Consultivo da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra; o assessor de Agronegócios do Banco do Brasil, Marcos Vinícius Wagner; Dra. Elenita Albuquerque, AFFA-DIPOA/SDA/MAPA; o Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua; o consultor do Safras & Mercados, Paulo Molinari; o especialista em Processos de Qualidade da Cobb, Eder Barbon, o General Technical Manager Latin America da Aviagen, Dr. Mário Sérgio Assayag e o presidente da MSD Saúde Animal, Delair Bolis. (Foto: Leandro Carvalho/Sindicavipar)