Oeste do PR integra a equipe de transição do Governo Lula
O secretário de Assistência Social de Foz do Iguaçu, Elias Sousa Oliveira, está representando o Oeste do Paraná na equipe de transição do Governo Lula, como integrante do Grupo de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. "O enfrentamento à fome e a retomada dos programas federais que sofreram cortes no orçamento nos últimos anos são prioridades. É lamentável o retorno do Brasil ao mapa da fome, sabemos que temos muitos desafios pela frente, mas acredito que a partir de 2023 as políticas sociais voltarão a respirar", disse Elias Oliveira, presidente dos colegiados estadual e nacional de gestores municipais de assistência social.
O grupo de trabalho é coordenado pela senadora Simone Tebet e integrado, ainda, pelas também paranaenses Márcia Lopes (ex-ministra) e Carol Dartora (deputada federal), pelo deputado estadual André Quintão, pela também ex-ministra Tereza Campello, pela senadora Theresa Nelma e pelo deputado federal Washington Quaquá.
A professora paranaense Márcia Lopes lembra que o presidente eleito pediu para "potencializar as áreas de defesa da família, mulher e direitos humanos, desestruturadas pelo atual governo". "Uma das prioridades é o enfrentamento à fome. Não pode mais haver fome no Brasil", acrescentou.
ORÇAMENTO
Elias Oliveira reitera a necessidade urgente de recompor o orçamento do Suas (Sistema Único de Assistência Social) que de R$ 3,06 bilhões em 2014 caiu para R$ 128 milhões previstos para 2023. "Do ponto de vista da transferência federal, tivemos 95% de cortes. A previsão orçamentária para o ano que vem para esses serviços da assistência social, somando a régua linear, será de R$ 2 mil para cada município brasileiro".
Além de recompor o orçamento, o secretário diz que os programas da área precisam ser ampliados no atendimento das crianças, adolescentes, idosos e famílias em situação de vulnerabilidade. "Há que se destacar que os municípios e no caso específico de Foz do Iguaçu manteve os programas e as políticas públicas na área. Tivemos ações concretas da prefeitura que permitiram a base dos serviços e a proteção estabilizada".
No entanto, destaca Elias Oliveira, programas de combate à exploração do trabalho escravo de criança e de combate a exploração sexual infantil não recebem verba federal desde 2018. "Fiz um panorama ao grupo de trabalho de toda situação enfrentada pelas prefeituras e neste caso, como em outros, a pandemia empurrou mais ainda as crianças ao trabalho escravo e à prostituição". (Foto: Divulgação)