Mesmo sob vaias e xingamentos vindos de manifestantes pró-Lula que estavam nas galerias, o que levou o presidente Ademar Traiano a intervir e exigir silêncio e respeito da assistência, o agora senador eleito Sergio Moro discursou por dez minutos na tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (7) e não traçou um panorama dos melhores para o País no curto prazo.

"Infelizmente, existe um cenário de economia mundial que talvez não seja o mais alvissareiro. Se fala em desaceleração da União Europeia, dos Estados Unidos e da própria China, o que, claro, traz reflexos aqui para o brasil. Temos também cenários econômicos desafiadores internos, com vários problemas que terão que ser atacados já no início de 2023 como, por exemplo, a questão das alíquotas do ICMS, se serão restauradas ou não. Temos também um desafio fiscal pela frente", projetou ele, que foi chamado à Alep por proposição do deputado estadual Luiz Fernando Guerra.

"Quero me colocar à disposição também pra ser um instrumento, no que for possível, para defender os interesses dos paranaenses perante o governo federal e especialmente perante o Senado Federal", prosseguiu. Eleito com 1.953.159 votos, ele também disse que o combate à corrupção será uma prioridade de seu mandato.  "A gente não pode tolerar qualquer espécie de desvio", sentenciou Moro. Ele esteve acompanhado do deputado federal eleito Deltan Dallagnol e a bancada do PT na Casa se retirou antes que falasse.

PACIFICAÇÃO

Ademar Traiano aproveitou a sessão para defender a pacificação política  do Brasil, afirmando que  "a eleição acabou".  "É chegado o momento de nós termos a compreensão e a grandeza de trabalharmos juntos na pacificação do País. São normais as manifestações, mas quem viveu uma ditadura sabe e tem a compreensão que a democracia tem a sua excelência", afirmou o presidente da Alep, ressaltando que  "independente de quem está no poder, nós precisamos dar a possibilidade de que faça um bom governo". (Foto: Dálie Felberg/Alep)