Unidos por um país melhor e mais justo
J. J. Duran
Passadas a euforia e a decepção resultantes do pleito eleitoral, devemos ter o orgulho de pertencer a uma sociedade que soube afastar a mensagem de ódio semeada por alguns poucos desvairados.
A maioria da República decidiu comungar desse ato de esperança e ficar distante das demenciais tentativas divisionistas da elite do atraso, que insiste em tornar difíceis os dias da democracia.
República é uma escolha feita na razão e na liberdade e para lutar por paz social e fraternidade a sociedade tem os institutos republicanos que a democracia oferta e onde o diálogo parlamentar é sodalício de todas as frações políticas e ideológicas.
Porém, não teremos paz social e fraternidade se não formos capazes de fazer de cada cidadão um representante dos direitos e das obrigações que a República reclama de cada um de nós.
Não há fraternidade, diálogo e paz social onde há falta de democracia, onde as mentes nubladas pela insensatez ideológica e pela mediocridade política procuram estabelecer uma supremacia baseada em princípios fundamentalistas econômicos ou raciais.
A polarização política é bem-vinda dentro dos limites impostos pela liberdade de expressar o pensamento, porém no passado turbulento já suprimiu conquistas sociopolíticas que foram arduamente conquistadas.
A indo-América dos anos de 1960 cobriu de sangue, opróbrio e dor muitos lares, com a morte fratricida cavando incontáveis sepulturas.
Por isso, devemos nos esforçar para fazer com que se retraiam os rancores, que se calem as vozes ululantes daqueles que não conheceram o tempo cinza da democracia, no qual muitos que lutaram carregam até hoje em seus corpos e almas as lembranças sangrentas da insensatez demencial de toda luta entre irmãos.
Que esse punhado de radicais que usa o anonimato das redes sociais para pregar a luta e a desordem recolha suas tendas de campanha e comece a entender que somos todos irmãos.
Já dizia Tiradentes, um herói enlouquecido de esperança, que se quisermos, podemos fazer deste País uma grande Nação.
E vamos fazer, mas desde que lulistas e bolsonaristas se unam para festejar o triunfo do Brasil e fincar alicerces capazes de nos conduzir a um futuro cada vez melhor. (Foto: Reprodução)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário do Paraná