Faep e Sintropar pedem a liberação das estradas
Duas importantes entidades paranaenses emitiram notas oficiais pedindo o fim das manifestações de bolsonaristas, que nesta quarta-feira (2) ainda mantêm mais de 50 pontos rodoviários obstruídos no Estado. Veja a seguir:
FAEP
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), entidade que representa os produtores rurais do Estado do Paraná, desde a noite do último domingo (30), tem acompanhado os bloqueios e paralisações de tráfego em diversas estradas do Brasil. A entidade se posiciona de forma contrária a esse tipo de intervenção, por entender que essas ações impactam diretamente a população brasileira, geram risco de desabastecimento em muitas cidades e dificultam o escoamento das produções agrícola e pecuária.
A Faep respeita o direito de manifestação de cada cidadão, como está na Constituição, mas de forma que não prejudique e/ou impacte negativamente o direito de ir e vir das pessoas, a cadeia produtiva do agronegócio nacional e a economia do país.
Ágide Meneguette - presidente Faep
SINTROPAR
O Sintropar - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná, que representa um setor econômico tão importante em nossa região, reforça que embora respeite o direito à liberdade de expressão, não concorda com o ato de bloquear estradas e/ou outras vias públicas.
Por isso, como entidade representativa, não apoiamos atos que violem ou restrinjam os direitos dos cidadãos e empresas, incluindo a liberdade de circulação em vias públicas e a necessidade de garantir o transporte de pessoas e bens, especialmente em situações de emergência. Além de prestar serviços básicos à população.
Aqui, também lembramos às transportadoras que monitorem as condições das rodovias em suas operações para prevenir e proteger seus colaboradores e veículos. A Polícia Rodoviária está se mobilizando para desobstruir as rodovias, e as pessoas que apresentarem resistência podem ser autuadas e multadas, inclusive por meio de mandados judiciais, sem prejuízo do emprego da força policial.
Portanto, o Sintropar continua comprometido com o retorno das condições normais de trabalho em termos da ordem pública e dos direitos de todos.
Antonio Ruyz - presidente do Sintropar
(Foto: Marcelo Camargo/AGBR)